27 agosto 2024

Pregando a palavra de Fields of Mistria

Até maio desse ano eu era completamente viciada em Genshin Impact, jogava desde fevereiro de 2021 e dedicava quase todo o meu tempo livre — e dinheiro — no jogo. A cada 40 dias Genshin tinha uma atualização e com o passar do tempo eu fui perdendo o interesse: os personagens novos não me chamavam mais a atenção e não só isso, mas os mapas novos também não me animavam, logo eu que amava explorar, abrir baús, fazer puzzles… Então, com muita dor no coração, eu decidi parar de jogar e até desinstalei o aplicativo do meu computador e celular.

Desde então eu sinto falta de passar o tempo me dedicando à algum jogo. Eu amo The Sims desde que me conheço por gente, mas não era o que eu estava procurando. Também não queria de jeito nenhum me viciar em outro gacha. Com isso, me lembrei da existência de Stardew Valley.

Resumindo a minha história com Stardew: uma amiga elogiava muito o jogo e resolvi comprá-lo quando o mesmo estava em promoção na Steam. Eu tentei me viciar umas quatro vezes, mas nunca consegui me prender e jogar mais que um dia. Mês passado, comprei o jogo no celular, achando que adiantaria de alguma coisa, mas, mais uma vez, não me prendeu. Pra quem ainda resta dúvida: eu já aceitei que Stardew Valley não é pra mim.

Há umas duas semanas estava gastando minhas horas rolando o TikTok e esbarrei em um vídeo do ruyzo apresentando Fields of Mistria, um jogo bem semelhante a Stardew. De primeira impressão não me interessei muito, mas foi só eu ver uma querida aleatória falando sobre no Twitter que me convenceu a testar e posso dizer que estou completamente obcecada.

A premissa é bem parecida com a de Stardew Valley mesmo, por exemplo, você tem uma fazenda para cuidar, uma mina pra explorar, um museu pra doar coisas no estilo do Centro Comunitário do Stardew e uma cidade para ajudar a reerguer depois de um terremoto. Você também consegue dar presentes para os NPCs e ganhar corações com eles — ainda não é possível namorar, casar e ter filhos, mas os desenvolvedores já disseram que irão incluir essas opções nas atualizações futuras.

Em Stardew Valley eu sentia que você precisa ser produtivo todos os dias, que você precisa ter toda uma logística pra obter lucros e ter uma estação bem sucedida. Isso atrapalha um pouco a sua diversão no jogo, na minha opinião, porque começa uma autocobrança pra “jogar do jeito certo”. Eu não sinto isso em Fields of Mistria, muito pelo contrário, é tudo mais leve, você pode fazer as coisas no seu tempo, dar prioridade pro que você preferir.

Muita gente comentou que os desenvolvedores basicamente pegaram todos os mods do Stardew Valley e acrescentaram no jogo base. Nós conseguimos ver a localização dos NPCs no mapa, o jogo te avisa quando é aniversário de alguém, também é possível ver se você já doou ou não algum item pro museu sem necessariamente precisar ir até ele, você pode salvar o jogo a qualquer hora do dia sem ter que ir dormir e mudar o dia... tudo isso são mods que você acrescenta no Stardew Valley, mas em Fields of Mistria são melhorias inclusas no próprio jogo.

Além disso, ele é totalmente inclusivo, dando a opção pra escolher os seus pronomes e colocando bandeiras LGBTQIA+ como estampa de itens de vestuário, como chapéus. Enquanto eu estava no TikTok pesquisando vídeos sobre FOM, vi uma pessoa muito feliz ao se deparar com hijabs na aba de roupas. Há também como adaptar algumas animações para melhorar a experiência de pessoas fotossensíveis.

Fields of Mistria está disponível na Steam em acesso antecipado, ou seja, o jogo ainda não está completo, mas já dá pra se divertir horrores com ele. Ele é pago — até o momento desse post está R$44,49 — e, infelizmente, não tem tradução oficial pra PT-BR, mas juro que vale muito a pena.

Entre idas e vindas pelas redes sociais, descobri que existe uma tradução PT-BR feita por fãs, que você pode baixar sem dor de cabeça pelo servidor do Discord. É totalmente seguro, pois o arquivo funciona como uma espécie de mod. Vou deixar aqui um tutorial por vídeo, caso seja de maior ajuda.

A comunidade ainda é pequena e tem poucos guias na internet, mas vejo muito potencial pra crescer cada vez mais. Quando minha fazenda estiver mais organizada e avançada, eu volto pra mostrar pra vocês!

12 agosto 2024

Assistidos de 2024 (até agosto)

Há alguns dias, a Vaneza do blog Garota do 330 fez um post com a tag dos 50% que consiste em responder algumas perguntinhas com os livros que você leu até a metade do ano. Eu passo por uma ressaca literária desde 2020, não consigo ler nem 5 páginas de um livro — inclusive, aceito dicas de como resolver esse problema —, mas eu queria muito discorrer sobre o que venho consumindo ultimamente e como só tenho assistido filmes, por que não falar sobre eles? Tudo bem que já estamos em agosto e teoricamente já passamos da metade do ano, mas vamos fingir que não, ok!? Em vez de responder as perguntas da tag, vou comentar sobre todos os filmes que assisti até a data desse post.

Acho importante comentar que além dos filmes que vou falar a seguir, eu também estou maratonando as franquias X-Men e Velozes e Furiosos, porém estou pensando em fazer posts separados sobre elas. Vou ver se vale a pena. 

04 agosto 2024

A vida gira em torno de se sentir amado

@safegreenhouse é uma conta no Twitter onde a Mar Albinati posta colagens feitas por ela, dito isso, a colagem ao lado apareceu na minha timeline e na hora me lembrou de algumas reflexões que já tive e que ainda tenho, às vezes, então vou discorrer sobre elas aqui.

Há um tempo, o conceito de linguagem do amor ficou bem conhecido pelas pessoas na internet e fora dela também. Caso você ainda não conheça, vou deixar um link aqui pra você poder acessar e se inteirar do assunto.

A minha linguagem do amor sempre foi palavras de afirmação. Eu gosto de ser elogiada, da mesma forma, gosto quando as pessoas deixam claro o que elas sentem por mim. Não me entendam mal, eu acredito fortemente no que dizem sobre atitudes valerem mais do que mil palavras, só que eu também aprecio muito o ato de se expressar com palavras — não é à toa que tenho esse blog.

Durante o tempo que fiz terapia, eu falava e falava e sempre caía na mesma conclusão: preciso da aprovação dos outros pra me sentir melhor comigo mesma. Daí vem o peso que dou para palavras de afirmação, eu pre-ci-so saber se estou agradando. Ouvir que estou sendo uma boa filha, amiga, namorada, funcionária, aluna… O problema maior é quando eu fico sem ouvir palavras de afirmação das pessoas por um tempo, porque minha insegurança fica ainda maior e eu já começo a pensar que me odeiam, que sou péssima, que vão se afastar de mim, etc.

Soa muito inseguro da minha parte não ter confiança o suficiente pra não precisar se escorar nos elogios dos outros, eu sei. Venho tentando trabalhar cada vez mais nisso. Só que um tempo atrás vi um vídeo no TikTok — não consegui achar o link, sorry — de uma querida falando que cada pessoa tem um jeito de se sentir amado e infelizmente nem toda pessoa vai saber demonstrar do jeito que você precisa, e uma boa parcela não vai querer aprender a sua linguagem. Isso abriu a minha cabeça e plantou muitas sementes.

Até ano passado (2023) eu não fazia questão alguma de me envolver com ninguém, sempre fui do time que enche a boca pra falar “não me vejo namorando” ou “não quero namorar de jeito nenhum”.  Na minha cabeça, o amor era difícil e estressante, eu era difícil e estressante, duvidava que eu ia encontrar alguém pra me amar e ainda que demonstrasse do jeito que eu preciso. 

A verdade é que ninguém é de ferro, vez ou outra (até eu) fantasiava um romance e a dúvida vinha junto: “Realmente quero namorar ou eu só quero me sentir amada?” Essa mesma pergunta veio forte um pouco antes de eu aceitar o pedido de namoro do meu amorzinho. Se envolver com alguém requer atenção, cuidado, responsabilidade e principalmente amor, e não é tão simples quanto parece. Enquanto se sentir amado massageia uma insegurança de não se sentir digno, de precisar da aprovação alheia pra se sentir bem consigo mesmo, de se sentir sozinho. Pode ser uma armadilha engatar em um relacionamento só porque seus olhos encheram ao sentimento de ter uma prova de ser amável, então cuidado! Vamos evitar brincar com os sentimentos dos outros.

Inclusive, não acho que se sentir amável seja algo exclusivo de relações amorosas, pode muito bem acontecer dentro de uma amizade também! Só que nesse caso a pergunta é um pouco diferente, no caso, a que eu mais me fazia era: “Eu gosto dessa pessoa ou só gosto do que ela me proporciona?” É uma reflexão importante a se fazer.

Esse post não é pra ser sobre conselhos de relacionamentos, até porque estou longe de ser uma especialista nisso, mas dou a dica de você conversar com o seu parceiro, com seu amigo, com a pessoa que você se abre emocionalmente e dizer como você se sente amado, o que o outro pode fazer pra demonstrar o amor dele por você do jeito que você precisa. Facilita muito.


01 agosto 2024

E ela, não volta mais? — Grupos que sinto falta no k-pop :(

Comecei a acompanhar grupos de k-pop lá em 2015 e ano passado resolvi reunir quase todas as músicas de k-pop que conheço em uma única playlist. Lá tem muitas músicas antigas de grupos que nem existem mais e toda vez que ouço fico melancólica com a nostalgia de sentir falta de um grupo que disbandou. Quis trazer esse tópico pra cá porque lamentar em forma de tweet não é o suficiente.