Há um tempo, o conceito de linguagem do amor ficou bem conhecido pelas pessoas na internet e fora dela também. Caso você ainda não conheça, vou deixar um link aqui pra você poder acessar e se inteirar do assunto.
A minha linguagem do amor sempre foi palavras de afirmação. Eu gosto de ser elogiada, da mesma forma, gosto quando as pessoas deixam claro o que elas sentem por mim. Não me entendam mal, eu acredito fortemente no que dizem sobre atitudes valerem mais do que mil palavras, só que eu também aprecio muito o ato de se expressar com palavras — não é à toa que tenho esse blog.
Durante o tempo que fiz terapia, eu falava e falava e sempre caía na mesma conclusão: preciso da aprovação dos outros pra me sentir melhor comigo mesma. Daí vem o peso que dou para palavras de afirmação, eu pre-ci-so saber se estou agradando. Ouvir que estou sendo uma boa filha, amiga, namorada, funcionária, aluna… O problema maior é quando eu fico sem ouvir palavras de afirmação das pessoas por um tempo, porque minha insegurança fica ainda maior e eu já começo a pensar que me odeiam, que sou péssima, que vão se afastar de mim, etc.
Soa muito inseguro da minha parte não ter confiança o suficiente pra não precisar se escorar nos elogios dos outros, eu sei. Venho tentando trabalhar cada vez mais nisso. Só que um tempo atrás vi um vídeo no TikTok — não consegui achar o link, sorry — de uma querida falando que cada pessoa tem um jeito de se sentir amado e infelizmente nem toda pessoa vai saber demonstrar do jeito que você precisa, e uma boa parcela não vai querer aprender a sua linguagem. Isso abriu a minha cabeça e plantou muitas sementes.
Até ano passado (2023) eu não fazia questão alguma de me envolver com ninguém, sempre fui do time que enche a boca pra falar “não me vejo namorando” ou “não quero namorar de jeito nenhum”. Na minha cabeça, o amor era difícil e estressante, eu era difícil e estressante, duvidava que eu ia encontrar alguém pra me amar e ainda que demonstrasse do jeito que eu preciso.
A verdade é que ninguém é de ferro, vez ou outra (até eu) fantasiava um romance e a dúvida vinha junto: “Realmente quero namorar ou eu só quero me sentir amada?” Essa mesma pergunta veio forte um pouco antes de eu aceitar o pedido de namoro do meu amorzinho. Se envolver com alguém requer atenção, cuidado, responsabilidade e principalmente amor, e não é tão simples quanto parece. Enquanto se sentir amado massageia uma insegurança de não se sentir digno, de precisar da aprovação alheia pra se sentir bem consigo mesmo, de se sentir sozinho. Pode ser uma armadilha engatar em um relacionamento só porque seus olhos encheram ao sentimento de ter uma prova de ser amável, então cuidado! Vamos evitar brincar com os sentimentos dos outros.
Inclusive, não acho que se sentir amável seja algo exclusivo de relações amorosas, pode muito bem acontecer dentro de uma amizade também! Só que nesse caso a pergunta é um pouco diferente, no caso, a que eu mais me fazia era: “Eu gosto dessa pessoa ou só gosto do que ela me proporciona?” É uma reflexão importante a se fazer.
Esse post não é pra ser sobre conselhos de relacionamentos, até porque estou longe de ser uma especialista nisso, mas dou a dica de você conversar com o seu parceiro, com seu amigo, com a pessoa que você se abre emocionalmente e dizer como você se sente amado, o que o outro pode fazer pra demonstrar o amor dele por você do jeito que você precisa. Facilita muito.
Oi Nana! Tudo bem?
ResponderExcluirDescobri seu blog hoje... Nunca parei pra realmente pensar na minha principal love language, mas acho que também são palavras de afirmação. Eu tenho dificuldade de entender pistas não-faladas no geral, então se a pessoa não me disser achando que eu vou pegar a pista não-verbal, eu fico sem saber risos.
Mas também acho difícil entender quando eu quero me sentir amada porque isso me valida ou só porque é legal ser amada, sei lá.
Enfim, contente de conhecer seu blog!
Feliz agosto!
Kisus,
Tenie/Steph
Oi Steph! Tudo ótimo e contigo? Antigamente eu achava que ter palavras de afirmação como love language era muito humilhante, mas entendi que tem coisas que precisam mesmo ser faladas, a gente precisa se expressar mais, da mesma forma que você precisa de explicação quando não entende uma pista não-verbal, sou um pouco assim também! É interessante fazer um pouco essa reflexão sobre se sentir amada até pra aumentar o nosso autoconhecimento, mas é importante não ficar muito paranoica com isso. Fico feliz que tenha encontrado o meu blog, espero te ver mais vezes por aqui. Abraços <3
ExcluirEu sempre dependei da aprovação das pessoas e nunca soube lidar com rejeição.. me culpava demais quando não conseguia me encaixar em algum grupo. Depois de muitos anos a terapia me ajudou demais.. ser border é complicado rs sei que não é o foco da publicação, mas você conseguiu me descrever com seu desabafo =)
ResponderExcluirMe identifiquei muito com o que você disse, ainda tenho medo de ser rejeitada e principalmente abandonada, por isso acabo refletindo muito sobre como muitas das minhas atitudes são pra agradar os outros e evitar que essas duas coisas aconteçam, trabalhei muito essas questões quando fazia terapia e realmente me ajudava. Fico feliz que você tenha se identificado com o post, quer dizer que não sou a única que passa por isso e isso, de certa forma, é reconfortante. Obrigada pelo comentário <3
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