Agosto acabou, finalmente! Todo ano falam que esse é o mês mais longo do ano, mas senti que o de 2024 nem foi tão arrastado assim. Enfim chegamos em setembro, o que quer dizer que só resta mais três meses pra darmos boas vindas a 2025, que loucura.
Fui no aniversário de uma amiga que eu nunca tinha a oportunidade de ir porque sempre aproveito o mês de férias pra visitar os meus pais no litoral, mas dessa vez voltei pra casa mais cedo a fim de conseguir ir na festa. Ela escolheu comemorar em um barzinho, que, sendo sincera, não é muito o meu tipo de rolê, mas fui mesmo assim. Eu não conhecia nenhum amigo dela, o que me preocupou um pouco porque não sou boa em interagir com desconhecidos, então fiquei ansiosa esperando as amigas que eu conhecia pra me fazerem companhia.
Pra minha decepção, a amiga que eu mais tenho afinidade do nosso grupinho não foi, daí eu não tive vontade nenhuma de participar dos assuntos e passei mais da metade da noite em pleno silêncio, só ouvindo a conversa deles como um podcast de muitas horas. Não digo que foi desconfortável, mas meio cansativo. Chegou lá pras 22h e eu já estava querendo muito ir embora — só fui de fato às 2h da manhã pra poder dividir o Uber com outra pessoa e pagar mais barato na corrida.
Dois dias depois desse aniversário, eu despretensiosamente coloquei o DIU.
“Preciso tomar anticoncepcional!” Foi o pensamento que inundou a minha cabeça desde que comecei a namorar e, como usuária fiel do SUS, fui no postinho perto de casa pra marcar uma consulta com a ginecologista. A moça da recepção, com a cara mais antipática que já vi, me disse que eu precisaria fazer um papanicolau antes. Por mim tudo bem, mas cresci com a minha mãe demonizando esse exame, então é claro que fiquei com muito medo.
Uma semana depois, estava eu lá de novo pra fazer o tão temido. Sendo bem direta: é desconfortável, mas não dói. A enfermeira me disse que os resultados só ficariam prontos QUARENTA dias depois e que só então eu poderia marcar a consulta com a médica.
Eu não queria esperar mais de um mês pra me proteger, pra mim, era uma questão de urgência, então fui atrás de uma consulta no particular. O ginecologista me perguntou uma série de coisas e por fim me pediu uma pilha de exames, incluindo uma consulta com um nutricionista. No total, os exames custavam mais de R$ 700, o que era inviável pra mim, ou seja, voltei à estaca zero.
Retornei ao postinho depois dos quarenta dias que me disseram e, realmente, os resultados tinham saído, mas a ginecologista só poderia me atender um mês depois… Fazer o que né, eu já estava lá, marquei mesmo assim. Última segunda-feira de julho e lá estava eu indo pra minha consulta, finalmente.
A doutora me recepcionou muito bem e eu já comecei perguntando sobre a disponibilidade do Implanon, que atualmente é o método contraceptivo mais eficaz, porém ela me disse que o SUS da minha cidade só faz a aplicação em mulheres vulneráveis, e esse não é o meu caso, então eu disse sobre a minha vontade de tomar anticoncepcional. Assim como o outro que fui, essa também me fez algumas perguntas, principalmente sobre o meu ciclo menstrual.
Eu já tomo alguns remédios controlados com acompanhamento de um psiquiatra e a doutora me aconselhou a não acrescentar mais um comprimido na minha rotina, pois já são muitos. Com isso, ela recomendou o DIU e reforçou que seria o mais indicado pra mim.
Olha só, eu já tinha lido muito sobre o DIU na internet, especialmente relatos de outras pessoas e a grande maioria delas me assustava: fluxo muito intenso, uma cólica absurdamente dolorida, pessoas que engravidaram mesmo com o dispositivo no lugar… Tudo isso passou pela minha cabeça, até que ela olhou pra mim e disse: “Vamos colocar hoje?”
Tinha tantos jeitos de eu recusar e continuar no anticoncepcional, mas, veja bem, eu sou péssima pra tomar remédios no horário e anticoncepcional precisa de disciplina, e disciplina é algo que eu não tenho, por isso olhei de volta pra ela e respondi: “Tá bom!”.
Ela pediu um teste rápido só pra confirmar que eu não estava grávida e apesar de saber que eu não estava, fiquei nervosa até o resultado sair.
Senti uma cólica bem leve assim que ela colocou, mas fora isso, foi bem tranquilo. Explicando de uma forma bem rasa, eu coloquei o DIU de cobre, que não tem hormônios, em vez disso, ele libera íons de cobre que são tóxicos para espermatozoides e ovócitos, impedindo a fertilização. A duração depende do dispositivo utilizado, mas o meu dura 10 anos.
A doutora me explicou mais algumas coisas, me entregou alguns papéis e pediu mais alguns exames. Daí fui liberada pra tomar a medicação que em teoria faria eu sentir menos dor, mas spoiler: não ajudou em nada. Sentei na cadeira e já comecei a sentir uma cólica muito forte, achei que eu fosse desmaiar a qualquer momento.
As próximas duas semanas foram repletas de cólicas muito fortes, inclusive cheguei a vomitar em alguns dias. Nunca vou esquecer do dia 9 de agosto, que foi quando senti uma cólica tão forte que eu não conseguia nem me mexer e chorei muito tamanha a dor que eu sentia. Mas passou! Hoje estou bem e sem sentir nenhum incômodo. Já tive a minha primeira menstruação depois da colocação do DIU e meu fluxo continuou praticamente a mesma coisa. Viva o SUS!
No meio de tudo isso também aconteceu as olimpíadas e o fim dela. Não assisti nada ao vivo porque fico muito nervosa e ansiosa com o desempenho de quem estou torcendo, mas acompanhei tudo pelo Twitter. Eu sou uma grande fã da Billie Eilish, então quando soube que ela cantaria no encerramento, corri pra frente da TV — coisa rara hoje em dia — e fiquei esperando a bonita, que demorou horrores e ficou só alguns minutinhos.
Dia 5 teve volta às aulas da faculdade e até o momento estou odiando todas as novas matérias e todos os novos professores — sigo sem amigos também.
Comentei aqui que eu estava enfrentando uma ressaca literária há muito tempo e depois desse post, resolvi parar de reclamar e fazer algo a respeito. Escolhi um livro que já estava na minha lista e de um gênero que eu gosto bastante: thriller. Me desafiei a ler 30 minutos por dia e tem funcionado, sinto que estou progredindo aos poucos e sem desanimar. Estou orgulhosa por trocar o TikTok por um livro. Quando terminar minha leitura, penso em trazer uma resenha pra cá, aguardem!
Em dois posts diferentes eu citei o fato de estar maratonando a franquia X-Men e, bem, eu terminei. Tudo começou quando meu namorado disse querer assistir Deadpool & Wolverine comigo, mas eu não entendia nada desse universo, então prometi que assistiria todos os filmes pra ele não precisar ficar me contextualizando a cada 5 minutos de filme. Resultado disso: estou numa obsessão intensa pelo Wolverine e pelo Hugh Jackman, ator que faz o personagem. E, ah! Eu amei Deadpool & Wolverine.
Agora, mais pro final de agosto, quase consegui uma oportunidade de estágio, mas não passei na última etapa do processo seletivo. Eu queria muito passar nessa vaga, mas tudo bem, não é o primeiro e nem o último “não” da minha vida.
Uma outra amiga se mudou pra Portugal, porém antes ela fez uma festinha de despedida na qual eu não pude ir por falta de dinheiro mesmo, final de mês é complicado. Sabe aquela história de FOMO? Fear of Missing Out? Aquela angústia de achar que vai perder algo importante se não estiver presente em algum lugar? Foi o que senti não indo nessa despedida, mas, assim como tudo na vida, passou.
Descobri Fields of Mistria — já fiz um post sobre aqui no blog. Saiu o álbum novo da Sabrina Carpenter, que está um arraso. Depois de ouvir muitas vezes, finalmente estou gostando do último álbum da Billie Eilish, o HIT ME HARD AND SOFT, que até então eu tinha achado bem meia boca.
O Twitter saiu do ar no Brasil depois de tantas ameaças e, de verdade, não sei como verdadeiramente me sentir em relação a isso. Criei minha conta aos 8 ou 9 anos de idade, então faz mais de 10 anos que eu acompanho tudo por lá e que conheci muita gente maneira e fiz grandes amizades. É esquisito dar tanto valor assim pra uma rede social, mas é que já faz parte da minha rotina há anos. Acho que o sentimento é bem esse do tweet abaixo:
Por fim, mas não menos importante: o blog completou o seu primeiro mês!!! Estou muito feliz e realizada com o que venho criando e compartilhando por aqui. É muito legal sentir que posso me expressar livremente e sobre o que eu quiser. É como se fosse um lar onde vocês são os convidados que eu chamo pra tomar um chá comigo a cada tantos dias. Muito obrigada por ler o que eu escrevo, por deixar um comentário em um post, por seguir o blog, por participar de algum jeito na existência desse meu cantinho na internet.
Obrigada pelo chá da tarde, espero que tenha sempre <3
ResponderExcluirA senhora viveu muitas coisas viu??? Também achei que agosto passou rápido, e tava desesperada por isso kkkkkk. VIVA O SUS! eu tô doida pra fazer minha laqueadura xD e sobre sua rotina de leitura, quero muito diminuir tempo de tela, tenho perdido horas vendo bobagem nas redes sociais Ç-Ç
Garota do 330
Está sempre bem vinda pro chá da tarde kkkk Agosto foi um mês agitado mesmo, o que tá longe de ser comum. Eu queria muito fazer a laqueadura no começo, mas mudei de ideia no último minuto. Tenho conseguido transferir o tempo nas redes sociais por leitura lendo livros que realmente despertam o meu interesse em descobrir o que acontece na história, também costumo ler antes de dormir e aí entendo que é hora de focar na leitura e não no celular kkkkk
ExcluirNana, achei que agosto teve um ritmo razoável, mas setembro está voando (hoje é 13 já!).
ResponderExcluirSer plateia numa roda de conversa pode ser uma experiência bem ruinzinha, mas às vezes é melhor sair da nossa zona de conforto e saber como é que é do que depois ficar se perguntando como poderia ter sido.
Parabéns pelo mês de blog! Ter um cantinho só nosso é realmente muito bom.
E viva o SUS! 🎉
Sim! Setembro tá passando rapidinho (ainda bem). E concordo, acho que é melhor se arrepender de ter tentado do que ficar na dúvida de não saber como poderia ter sido, fico feliz de ter ido e tido a experiência, apesar de não ter sido muito positiva kkkkk Obrigada! <3
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