Vocês lembram quando eu fazia resenhas de livros aqui no blog? Pois então, a Nana leitora tá meio adormecida e dando espaço pra Nana gamer. Esses dias finalizei dois jogos curtos que achei interessante comentar por aqui.
Há alguns posts, eu disse que tinha começado a jogar Cult of the Lamb. Mas, depois de passar muitos dias no mesmo jogo, eu precisava pegar algo diferente pra não acabar enjoando. Então pesquisei na minha wishlist por jogos curtos o suficiente pra serem finalizados em um único dia. Existe um site chamado HowLongToBeat que mostra uma média de quantas horas são necessárias pra terminar o jogo que você procurar.
Primeiro, comecei Little Nightmares, que é um jogo de terror. A gente controla uma menininha tentando escapar de um lugar muito bizarro. Pra isso, ela precisa resolver puzzles, se esconder e sobreviver.
Sendo completamente honesta, nas primeiras horas de gameplay eu tava odiando e até considerei abandonar. Eu tava perdida na história, no objetivo do jogo e da protagonista; nada fazia muito sentido. O jogo não tem tutorial e, apesar de não ser extremamente necessário, já que os botões não são difíceis, eu senti falta. Não abandonei porque sabia que o jogo era curto e não custava nada terminar pra poder formar uma opinião decente. Ainda assim, acho que ele falhou — pelo menos comigo — em me ambientar na história e dar contexto. Ele simplesmente começa e vai, meio que no "se vira".
Felizmente, isso melhora com o tempo. No meio de uma narrativa totalmente implícita, você vai se achando, pegando os pontos principais e juntando as peças. Justamente essa ausência de diálogos fez eu gostar mais do jogo, porque de certa forma me "forçou" a prestar mais atenção nos detalhes, em vez de simplesmente completar as fases no automático.
O jogo é classificado como terror, mas eu confesso que achei que seria mais assustador. Cenas de perseguição me deixaram nervosa, e realmente tiveram algumas bem tensas, mas esse foi o máximo de medo que senti jogando.
Agora, indo pra um lado mais pessoal: eu tenho problemas com jogos em que é preciso resolver puzzles pra continuar, principalmente quando são do tipo em que você morre e precisa recomeçar a fase 20 vezes até conseguir passar. Eu não tenho paciência, me estresso muito fácil, e esses dois elementos juntos num único jogo são definitivamente um incômodo pra mim. Inclusive, teve uma fase específica em que tentei tantas vezes que pensei em desistir, mas acabei insistindo porque achei que seria demais até pra mim, que sou ruim com jogos.
O final me surpreendeu, só não sei dizer se positivamente ou negativamente. Pesquisei depois, mas só encontrei teorias de fãs, o que faz sentido, já que o jogo realmente não explica muita coisa. Enfim, ele é divertido e eu recomendo, mas não jogaria de novo, e isso inclui dar uma chance tanto pras DLCs quanto pra continuação. Talvez, quem sabe, num futuro distante.
Outro jogo que eu terminei foi Little Misfortune. Nele, você acompanha Misfortune, uma garotinha de 8 anos que acredita estar participando de um "jogo" comandado por uma voz misteriosa. Olhando apenas as imagens, dá pra pensar "nossa, que fofo", mas na verdade o jogo consegue ser bem creepy.
Comecei a jogar sem saber nada sobre ele e, como amo jogos de escolha, imaginem a minha felicidade ao descobrir que Little Misfortune era exatamente desse tipo. Não cheguei a fazer todos os finais, e nem tenho vontade, mas adorei a história.
A velocidade do jogo também é ótima. Ele é rápido, mas sem dar aquela sensação de que poderia ser mais longo ou trazer mais detalhes. Tem o tamanho ideal: em cerca de 3 horas você já consegue completar pelo menos o seu primeiro final.
Misfortune é uma gracinha, uma protagonista super carismática e engraçada. Apesar da aparência meio infantil, o jogo definitivamente não é feito pra crianças. Não chega a ter nada absolutamente explícito, mas possui momentos perturbadores, e isso me conquistou ainda mais.
Eu não sei até que ponto as escolhas realmente afetam o final, mas ainda assim é divertido ter a ilusão de escolha. Apesar disso, mesmo tendo amado a história, não diria que ela seja totalmente imprevisível. Dá pra adivinhar o que tá acontecendo antes mesmo da metade do jogo, mas isso não tira a graça da gameplay. Recomendo demais pra quem quer um jogo bom pra passar o tempo sem muito compromisso.
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