Os lançamentos de k-pop que mais gostei em 2024

Eu sei que o ano ainda não acabou oficialmente e pode ser que ainda tenha um lançamento futuro que entre pra essa lista, porém, logo o Spotify para de contar os streams para o Wrapped e eu sou ansiosa. Então, sim, vou fazer uma humilde lista com as músicas de k-pop que mais gostei em 2024 em pleno outubro, por que não?

Já adianto, não teremos boygroups nesse post pelo simples fato de eu não acompanhar nenhum e também porque nenhum comeback vindo de um chamou a minha atenção.

Mothers. Elas acertam até quando erram, porque não é qualquer um que faz um refrão ba-banana ba-ba-banana-nana funcionar por mais tosco que seja, então é claro que estive nas trincheiras por elas em Rookie, Zimzalabim e Birthday, portanto, essas vezes que a SM dá algo à altura do nome Red Velvet e do que elas podem entregar é quase uma conquista pique “Se não está comigo na luta, não merece estar comigo na vitória” ou sei lá como é a frase.

Sim, a ponte da música com a icônica high note “I just can’t say goodnight” da Wendy é absurdamente boa, eu super concordo, mas o refrão, pra mim, é outro nível, principalmente na parte em que elas harmonizam “Riding your rhythm / Through the solar system / neol deo algo shipeo”, arrepia demais.

O foco do post são as músicas, mas vamos comentar do clipe? Genial a ideia de usar Midsommar como inspiração, combina demais com o estilo delas, fora que souberam aproveitar do hype do filme.

Me deixa triste a vibe disband que Cosmic me remete e os rumores do novo girlgroup da SM prestes a debutar também não ajudam, mas vou acreditar que é só um surto meu (e de outras pessoas que falaram a mesma coisa). Red Velvet fez 10 anos de debut, mas parece que elas ainda têm muita coisa pra mostrar e espero que a SM concorde com isso.

aespa tem créditos positivos comigo, porque gosto de 90% das coisas que elas lançam. Elas são babilônicas, bafônicas, divônicas e todos os outros ônicas que não consigo pensar. As quatro sabem sustentar todos os diferentes conceitos cunty que a SM coloca pra elas, por causa disso sei que posso criar expectativa com os teasers de comeback — inclusive, me encontro hypadíssima depois das concept photos pra Whiplash. É fascinante como a SM consegue construir uma identidade pra todos os grupos que saem daquela espelunca e como os membros sabem adotar os conceitos quase como um estilo de vida.

Supernova foi hit na Coreia e acredito fielmente que vai varrer os prêmios pra elas nas premiações de final de ano (vou ficar na torcida, totalmente biased). É igual o meme da Isabela Boscov: virou queridinha da academia? Virou, virou queridinha, mas não é só da academia, é porque ela é boa mesmo. Ela também compõe o primeiro full album do grupo junto com a outra title track Armageddon, porém Supernova ainda se destaca mais pra mim, mesmo a Karina tentando enfiar goela abaixo que Armageddon é melhor — nunca será!

Ter odiado Heya logo depois de ter odiado Baddie, que engoli pra pelo menos aturar, me fez desencantar por IVE. Vi em algum lugar (alerta pra uma possível fake news) que, aparentemente, a Starship quer testar diversos conceitos com o grupo pra, aparentemente, mostrar a versatilidade delas, o que é comum entre algumas empresas do k-pop, mas literalmente ninguém pediu.

Accendio veio pra me lembrar que, sim, A MORENA TÁ VIVA!!! Eu tenho quase certeza que ouvi a música assim que ela saiu, mas achei bem pouca bosta, só fui gostar mesmo mesmo mesmo depois de ouvir ela um outro dia — acontece muito comigo, btw.

Vou torcer muito pra Starship jogar esse discurso clichê de versatilidade no lixo e dar mais músicas como Accendio, I AM e After LIKE pras meninas, que é onde elas mais brilham.

Sinceramente, não acompanho a BIBI e não me lembro exatamente como descobri essa música, mas tenho certeza de ter sido no Twitter com alguém comentando sobre a letra provocante e a versatilidade da BIBI. No mesmo single album em que Sugar Rush está, também temos Bam Yang Gang, que apresenta uma versão mais romântica da cantora, enquanto Sugar Rush foca no seu lado sexy. Eu amo a voz arrastada, sussurrada e quase raspy dela, dá total diferença no tom da música e deixa o conceito bem estruturado. A parte em que ela canta “I don't need a man for no dessert / I got popsicles in my freezer” é a minha preferida junto com “I make bread, but I ain't no baker / Good girl on her worst behavior”, ambas são muito satisfatórias. Sugar Rush é a música mais curta desse post, mas, apesar de ser membro do movimento contra músicas de menos de 3 minutos, eu gosto dessa e acho o tamanho justo e que funciona bem.

A última vez que conferi um trabalho da BIBI foi em 2022 com BIBI Vengeance, que eu até gostei, mas não cheguei nem a colocar na minha playlist. A voz dela é excelente, funciona pra qualquer tipo de conceito que ela quiser, e ela também tem presença, por isso acredito valer muito acompanhar a carreira da BIBI, assim como vou fazer a partir de Sugar Rush. Ela entrega demais no que se propõe, portanto fica a recomendação.

Fiquei pensando se essa entraria nessa lista e, se sim, em qual posição. O “All the girls are girling girling” me irrita um pouco, enquanto gosto na mesma intensidade de “Act like an angel and dress like crazy” e dos “da da da da da” no refrão. As vozes da Kazuha e da Eunchae combinaram muito com essa proposta e eu adoro demais os versos delas.

Depois do mini UNFORGIVEN, fiquei levemente preocupada com o destino do grupo em questão de conceito, aí deram uma ressuscitada com Perfect Night e com EASY só ladeira abaixo. Não que seja ruim, mas totalmente fora do que todo mundo esperava delas. Se não me engano, o episódio do Coachella foi na mesma época, aí já viu né. O hate foi tão pesado que tiveram que apelar pro documentário “quem me conhece sabe”, de qualquer modo, fico feliz que elas estão se recuperando, musicalmente falando, e conquistando o Twitter de novo.

CRAZY me lembra os primórdios do LE SSERAFIM e defendo fortemente que elas combinam muito mais com esse estilo do que EASY, SMART ou UNFORGIVEN e, aquela com o título gigante, Eve Psyche & alguma-coisa’s wife.

Me chateia profundamente a única divulgação dessa música ter sido uma dancinha no TikTok e só. Li numa fonte super confiável (Twitter) que a Chungha escolheu não promover porque a coreografia requer muito dela e dos dançarinos (cuidado com a possível fake news), mas poxa! A coreografia bafônica, realmente, é o principal motivo da música abalar muito, mas ela por si só também é ótima, ou seja, tinha tudo pra hitar. Fico imaginando o tipo de performance que ela poderia entregar num MAMA, por exemplo, ia levar o Best Choreography com certeza.

Não é porque a BELIFT, aparentemente, fez um pix gordíssimo pra música dominar os charts coreanos que ela seja ruim! E como dizem “nada se cria, tudo se copia” vou passar o pano pra essa tentativa de debutar um NewJeans 2.0. Apesar de achar que seja um péssimo jeito de debutar, imagina não ter identidade própria, também gosto de pensar que elas ao menos estão copiando se inspirando em algo bom. Entendo quem não gosta de Magnetic, mas entendo melhor ainda o porquê de ela ter ficado tanto tempo em #1 nos charts — se tiver sido orgânico mesmo, vamos fingir que sim.

Não sei se vocês viram a discussão sobre a Lisa ser ou não ser considerada k-pop na carreira solo dela, isso porque muitos acham que ela se enquadra no termo k-pop por ter debutado e vivido a experiência da indústria (sendo trainee por 5 anos, por exemplo), porém, muitos outros acham que ela não pode ser considerada k-pop porque ela canta em inglês e porque ela não é coreana. Aí entra o meu dilema: a mesma discussão pode ser aplicada pro XG. Elas também cantam em inglês e, assim como a Lisa, também não são coreanas, mas o grupo se popularizou muito na bolha do k-pop por se promoverem nela, indo nos music shows, por exemplo. Por causa dessa confusão, pensei muito se deveria citar elas aqui ou não, mas ouvi WOKE UP tantas vezes que seria quase um crime deixar de fora dessa lista, então vamos contar como um bônus, um extra, uma menção honrosa, como preferir chamar.