Usamos o metrô para ir até a Rodoviária do Tietê, que é onde disponibilizam ônibus gratuitos pra te levarem até o local da feira. Sinceramente, achei que gastaria bons minutos na fila, que estava bem longa, por sinal, mas não demorou muito tempo até entrarmos em um dos ônibus — confortável e com ar-condicionado! Durante todo o caminho, desde o metrô, tinha muitos guias, muitos mesmo, sinalizando o caminho e instruindo as pessoas.
Entrar no evento foi tranquilo. Apesar de ser no período da tarde de um sábado, não tinha muitas pessoas, então conseguimos caminhar pelos stands sem tumulto. Confesso que logo de início me senti um pouco perdida com tanta opção, não sabia direito pra onde ir. Entramos e eu pensei: “Tá, e agora? Pra onde a gente vai?”
Andamos meio que sem um objetivo definido e fomos entrando nos stands que pareciam interessantes ou nos que tinham promoções do tipo 3 livros por R$ 20.
Apesar de colecionar mangás — e ter uma quantidade considerável deles —, o mesmo não acontece com livros. Prefiro ler por e-book e só comprar depois se eu gostar muito da história. Parece sem sentido, eu sei, mas gosto da ideia de ter a cópia física dos meus queridinhos na estante. Dito isso, é raro eu comprar um livro sem ter lido ele antes, por medo de não gostar, me arrepender e ficar remoendo o dinheiro gasto — esse pensamento não vale pros e-books que compro, mas enfim. Conclusão: dá pra imaginar que relutei muito até enfim passar o cartão e levar um livro.
De início, nada me chamou atenção, até que comecei a encontrar os títulos que estão na minha lista pra ler. Não vou me prolongar contando sobre as sinopses, mas os quatro livros que comprei foram: Hide: Esconda-se Quem Puder da Kiersten White, Assassinato no Expresso Oriente da Agatha Christie, A Última Casa da Rua Needless da Catriona Ward e O Bosque do Silêncio do André Vianco — gente, não achei o link pra esse livro em lugar nenhum da internet, sei lá… Minha irmã me presenteou mais dois: Uma Família Feliz do Raphael Montes e Confissões do Crematório da Caitlin Doughty. Sim, sou bem diversa e só levei pra casa títulos thriller.
Eu vi opiniões bem negativas sobre a Bienal desse ano no TikTok, mas posso apenas falar sobre a minha experiência, que foi até que positiva. O evento estava organizado e fiquei surpresa ao ver tanta opção pra diferentes gostos. Eu não imaginava que teria stand exclusivo pra livros religiosos, mangás, livros sobre jogos e livros infantis, por exemplo. Porém, como sugestão, eu aconselharia distribuírem mapas do lugar, porque confesso que achei fácil se perder por lá.
Queria muito ter visitado stands de editoras maiores, como a Intrínseca, mas a procura é tanta que até fila gigante tem pra entrar. Como eu e minha irmã não estávamos a fim de ficar ali paradas, em pé, esperando, desistimos da ideia. E, sinceramente, tenho certeza que os preços não eram tão diferentes comparados aos da internet. Mas essa é a verdade, promovem uma ideia de que você vai economizar muita grana indo na Bienal, só que não. Pra dar uma noção, meu brilho sumiu quando vi que Saboroso Cadáver da Agustina Bazterrica estava por simplesmente R$ 70, sendo que no site da própria DarkSide o livro custa quase R$ 52 com brinde exclusivo. Claro que alguns livros realmente têm um descontinho se comparar com o preço disponível na Amazon, eu mesma economizei R$ 10 em A Última Casa da Rua Needless (muuuito dinheiro). Pra não mentir, posso confirmar que títulos menos conhecidos, de fato, ficam com um preço bem em conta e aí, sim, dá pra aproveitar.
Você vê muito livro, afinal é um evento cultural voltado pra isso, só que chega uma hora que você começa a ver os mesmos títulos em stands diferentes de novo e de novo e de novo. Não sei se rola uma questão de garimpar e comparar os preços, provavelmente sim, mas quando você vê o mesmo livro pela quinta vez, dá uma impressão de repetição e de que você já viu tudo que tinha pra ver. Se assim como eu, você não fizer questão de enfrentar as filas pras editoras maiores e não entrar em todos os stands, em mais ou menos duas horas dá pra ir embora satisfeito.
Falando de forma bem ignorante, parece que a Bienal é uma Amazon gigante onde você entra, seleciona o livro, lê a sinopse, compara preços, talvez adiciona no carrinho e leva. Não vou ser idiota e resumir o evento à isso, até porque vi muitas palestras acontecendo, muitos autores dando autógrafos e muitos escritores independentes se divulgando. Tem uma importância muito grande pro mercado literário, porém não achei esse mousse todo que falam. 7/10.
Não sei se vou marcar presença na edição de 2026, mas nem por isso deixo de recomendar. Se tiver a oportunidade, vá! Experiências são diferentes pra cada pessoa, afinal.
Oii!! Queria tanto ter ido esse ano. Mas confesso que não estava muito animada. Li muito pouco esse ano e não tenho planos em mente de me entupir de livros esse ano :(:(:(
ResponderExcluirEu nunca havia comparado a bienal como um Amazon gigante kakakaksdk. Fui na de 2022 e gastei horrores (foi bem na semana do meu aniversário. Eu diria que foi presentes de aniversário antecipado). Lembro de eu e minha prima estarmos no estande da Galera Record com a amazon no celular conferindo preços kaskdak. (fizemos até alguns amigos no qual também ficou consultando valores). E você falando dos preços me lembrou que sim, não dá para fugir do preço caro. Paguei 70 e 60 em dois livros que estavam em pré venda)
Mas de todo modo. A bienal é muito legal de ir. Mesmo que você vá somente para passear e conhecer acaba sendo um bom passeio.
Ah, sim, faz sentido. Eu voltei a ler faz pouco tempo, fui porque não paguei o ingresso e pela experiência mesmo, já que também sempre tive curiosidade de saber como era o evento.
ExcluirEu não queria sair de lá sem pelo menos um livro na mão, mas depois que comprei o primeiro foi só ladeira abaixo. Fui comprando e comprando e comprando, mas não me arrependo. Até pensei em comparar os preços com os da Amazon, mas o sinal do meu celular tava péssimo lá.
E sim, é um ótimo passeio pra você conhecer títulos diferenciados e nacionais, principalmente autores iniciantes ou independentes.
Eu queria muito ter ido nessa bienal Ç-Ç
ResponderExcluirAcredito que é o tipo de rolê legal para ir com amigos literários, com tempo para garimpar as promoções e pegar filas. Conhecer pessoalmente a galera que trocamos ideia pelas redes sociais, conhecer os autores nacionais... Não fui, mas eu aproveitei viu??? Uma amiga tava lá e comprou meus mangás e ainda conseguiu autógrafo da minha autora nacional favorita *u* Espero que na próxima à gente possa se encontrar e fuxicar sobre mangás <3
Garota do 330
Simmm, tô pensando em ir de novo, mas dessa vez me preparar pra ir com mais paciência e dinheiro, principalmente. Depois vi no TikTok que acabei perdendo muitos stands, o da JBC, por exemplo, e fiquei tristíssima. Que bom que você conseguiu o autógrafo, tomara que da próxima vez você consiga conhecer ela pessoalmente. Seria ótimo bater perna por lá contigo <3
ExcluirOi Nana!!!! Meu deus eu to lendo vários posts sobre a bienal, tanto em blogs quanto no instagram e me remoendo de vontade de ter ido.
ResponderExcluirAcredito que seria um pequeno desastre pra mim, não tenho o mesmo controle como você pra comprar livros, a minha compulsão em alguns momentos fala mais alto. Preciso pegar umas dicas de como resistir aos pensamentos intrusivos de comprar todo livro que vê pela frente (até que tô mais controlado ultimamente).
Gostei muito das suas escolhas. E ótimo presente o da sua irmã, tô louco pra ler algo do Rafael Montes, você já leu algo dele?
Sobre os preços realmente tenho que concordar pelo o que vi o pessoal falando. Acho que o único que me surpreendeu foi um stand de livros internacionais por 15 reais.
Até logo!
✴︎ dance, dance, dance.
Confesso que meu controle é por falta de dinheiro mesmo kkkk Mas principalmente pelo medo do arrependimento de gastar dinheiro com algo que eu não gosto.
ExcluirDo Raphael Montes já li 'Uma mulher no escuro', que eu gostei muito, porém com ressalvas. Quero muito reler esse e ler o resto dos livros dele pra poder opinar melhor.
Acredita que eu vi esse stand de livros internacionais por R$ 15, mas acabei nem lembrando de entrar nele pra dar uma olhada? kkkkk Fica pra próxima.
VOCÊ COMPROU UM LIVRO DO ANDRÉ VIANCO <3 Que mais pessoas leiam esse omi, em nome de chessus!!
ResponderExcluirOi Nana, prazer, você comentou no meu blog em agosto e cá estou eu retribuindo anos luz depois, risos. Tudo bem?
Eu queria ter ido na Bienal desse ano, mas quando vi os posts sobre superlotação, eu desisti. Minha mãe é leitora assídua de todas as coisas e ela sempre quis ir, mas desistiu ao ver os comentários também. Seu post me acalentou, por ser um 7/10, hahaha!
Se vale a dica, vá na Feira do Livro da Unesp. É EM FRENTE a barra funda, e eu peguei descontos reais por lá. Comprei livro de 90 reais por 50, comprei DARTANA do André Vianco (mais de 500 páginas) por 20 dinheiros. As editoras real fazem descontões e o melhor: tem mapa. Não me perdi, achei os stands tudo. E comprei mais de 10 mangás por menos de 200 reais no stand da JBC, recomendo demais.
Respondendo seu comentário: a situação caótica que estou vivendo no trabalho segue piorando, mas vou sair de férias então vou me apegar no ditado da sua mãe. Also, espero que a playlist do desafio musical tenha te apresentado coisas novas do seu gosto <3
Beijinhos! :*
COMPREEEEEI! Fiquei meio triste porque o livro é na verdade uma compilação de contos escritos por outros autores, não entendi porque leva o nome do André, mas tudo bem.
ExcluirEu vi esses posts sobre a superlotação e fiquei levemente preocupada de acontecer de novo no dia em que fui, mas foi até tranquilo, e minha amiga que foi em um dia de semana também disse que foi de boa.
Caramba! 10 mangás por menos de R$ 200 é algo que não vejo todo dia, chamou a minha atenção. Vou pesquisar mais sobre essa feira e com certeza vou marcar presença.
Aproveite bastante as suas férias pra descansar, vai te fazer muito bem <3
Nana, tem alguns bons anos desde que eu fui na Bienal. Foi a primeira e única vez que eu fui, e depois de ter conhecido como era não me animei tanto em ir mais.
ResponderExcluirAcho que a Bienal é boa para andar pelos stands, conhecer coisa nova, pegar um autógrafo... mas não acho os preços muito bons. Dizem que no último dia as editoras abaixam os preços para venderem o que restou e que aí sim os preços ficam legais, mas também deve ser impossível chegar perto de um stand de uma editora maior se for isso mesmo.
Exatamente, super entendo o sentimento. Na minha cabeça era uma coisa muito mais 'uau' do que realmente foi. E concordo contigo, o evento é bom pra coisas específicas, mas não vale a pena pra garimpar. Eu sei que a Intrínseca, por exemplo, tinha uma estante só com livros em promoção, mas não sei de quanto era o desconto.
ExcluirNossa, já fazem muitos anos desde a última vez que fui em uma Bienal, acho que 2012, talvez. Esse ano eu queria muito ter ido prestigiar a editora que eu trabalhava, que estava lá com estande próprio pela primeira vez, mas como não moro mais em SP não consegui ir :(
ResponderExcluirMas acho que a Bienal sempre vale a pena. As pessoas só precisam alinhar as expectativas, é um evento gigante e o seu objetivo principal não é promoção, também já é de se esperar que será sempre lotado, concorrido e muita fila. SP e seu trânsito caótico também é outra coisa que não da pra controlar, fazer o que, tem que ir preparado na paciência mesmo.
Beijos,
Brenshelf
Concordo, eu tinha uma expectativa muito diferente do que a Bienal realmente é, talvez agora que eu já conheço e sei o que esperar, eu acabe me planejando e aproveitando melhor se for de novo algum dia.
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