Em 1929, a rica família Hope foi brutalmente assassinada, restando apenas a filha mais velha, Lenora, que acabou se tornando a principal suspeita. Todos na cidade acreditam que ela foi a responsável pelo massacre, mas a polícia nunca encontrou provas pra incriminá-la.
Décadas depois, Kit McDeere aceita trabalhar como cuidadora de Lenora. Aos setenta anos e presa a uma cadeira de rodas, Lenora perdeu a capacidade de falar, devido a uma série de derrames, e só consegue se comunicar com Kit usando uma máquina de escrever. Até que Lenora escreve “eu quero te contar tudo”.
Essa é a intrigante história de O Massacre da Família Hope de Riley Sager, que começa excelente e termina melhor ainda. O livro consta com pouco mais de 133 mil notas 5 estrelas merecidas no Goodreads e também foi indicado na categoria Best Mystery & Thriller no Goodreads Choice Awards. Ou seja, o título não é pouca bosta e é apreciado por muitos, inclusive por mim.
Esta resenha não contém spoilers!
Nos primeiros capítulos, me senti ansiosa pra chegar na parte da sinopse logo e quando chegou, o livro fica brincando contigo, te dando informações aos poucos e depois não toca mais no assunto, ele dá o doce pra criança e tira nem 2 minutos depois. Isso faz com que você fique com aquele gostinho de “quero mais” durante toda a leitura.
Eu me proponho a ler pelo menos 30 min por dia, mas, com esse livro, me peguei ultrapassando essa meta diversas vezes, chegando a ler por mais de 2 horas por simplesmente não conseguir largar o meu Kindle. O que se tornou uma preocupação pra mim, pois quanto mais rápido eu leio um livro, mais rápido eu esqueço o que li. Fui obrigada a me policiar pra não devorar tudo de uma vez, mesmo morrendo de vontade de fazer isso. Também precisei mudar o meu horário de leitura, que sempre foi antes de dormir, porque eu ficava tão empolgada com as revelações e reviravoltas que perdia o sono!
A ordem dos acontecimentos deixa tudo mais interessante. Assim que nossa protagonista, Kit, descobre uma nova informação, você se morde de curiosidade pra saber o que ela vai fazer com aquilo. Inclusive, falando sobre ela, posso dizer que eu gostei bastante da Kit, assim como da Lenora também, que desde o início me despertou o interesse e curiosidade. Eu queria saber mais sobre aquela mulher tão misteriosa e cheia de segredos.
Além das duas principais, o livro conta com uma série de outros personagens que são muito bem desenvolvidos e todos, literalmente todos, têm relevância pra história.
Antes do maior plot ser revelado, a Kit ouve barulhos de passos, durante algumas noites, no quarto da Lenora, que não tem a mobilidade das pernas, e então se cria um mistério em volta disso. Acho que o intuito era provocar medo no leitor, aquele friozinho na barriga, mas não foi o que aconteceu comigo.
O livro já começa muito bom, mas depois que passa dos 30% fica melhor, depois dos 40% consegue ficar ainda melhor e depois dos 50% ele se supera, de verdade. Os plot twists vão acontecendo um seguido do outro e é nesse momento que você precisa parar pra poder assimilar tudo o que está acontecendo, porém, ao mesmo tempo, você não quer parar de ler. E essas reviravoltas não param de acontecer até o último capítulo. Haja fôlego!
O autor, Riley Sager, faz as coisas parecerem óbvias, mas elas estão longe de ser, juro. Eu costumo ler muito thriller por aí e uma hora você percebe que alguns escritores seguem a mesma fórmulazinha, com isso fica fácil adivinhar pra onde a história vai caminhar, só que O Massacre da Família Hope é total exceção. Não tem nem como você imaginar o final.
Terminar de ler esse livro dá um mix de sensações, mas dois sentimentos me marcaram muito: a satisfação por finalmente ter descoberto tudo, já que ele responde todas as perguntas e explica todos os pontos em aberto, fechando a história perfeitamente; e choque por realmente ter me surpreendido com o final e ficar dias pensando nele. Eu confesso que pretendo reler esse livro no futuro só pra ter a experiência de ver tudo de novo com as coisas que sei agora.
Nota: ★★★★★
Já comentei por aqui que faz um tempo que não leio thriller, acho que realmente chega um ponto em que tudo fica repetitivo e meio igual. Mas a sua resenha me deixou muito curiosa e a fim de me surpreender. Saiba que se eu ler e não gostar, volto aqui para tirar satisfação xD
ResponderExcluirBrincadeiras a parte, fico muito feliz em saber que você está voltando super empolgada para as leituras! Eu amo quando um livro consegue me prender tanto que trinta minutos por dia não é o suficiente.
Garota do 330
Pode ler e juro que se você não gostar, eu me responsabilizo! Acho que o fato de eu estar lendo livros dentro da minha zona de conforto está me ajudando muito a conseguir manter um ritmo de leitura constante, assim que eu me sentir mais segura, vou me aventurar em outros gêneros.
ExcluirOk, você me convenceu muito a colocar esse livro na minha Whishlist da Amazon e vou indicar pro clubinho de leitura do trabalho! Acho que te falei anteriormente que preciso dar uma nova chance pra o gênero Thriller/suspense (ainda estou traumatizado com "Não fale com estranhos" kkkkk), esse vai ser o próximo do gênero e te falo o que achei!
ResponderExcluirEsqueci de agradecer por colocar o blog no blogroll ♥ ♥ muito obrigado, fiquei lisonjeado.
ExcluirMe conta se vocês lerem mesmo, vou adorar saber a opinião de outras pessoas. Juro que esse livro é um bom jeito de se habituar com o gênero de novo, ele é excelente pra quem já está acostumado com thriller e pra quem não está, ou pra quem está traumatizado com uma leitura ruim como você kkkkk
ExcluirÓtimo review, Nana! É muito bom quando a gente gosta de um livro a ponto de querer ler ele novamente assim que acabamos a leitura.
ResponderExcluirSimmm, fazia tempos que eu não me sentia assim com um livro, então é muito bom sentir isso de novo logo quando estou tentando trazer o meu hábito de leitura de volta.
ExcluirGreat blog
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