13 março 2025

A linha tênue entre ser coitada e ser babaca

Esse post foi escrito em setembro/2024 e ficou nos meus rascunhos desde então. Decidi publicar porque valorizo esse momentos que sou sincera sobre o que sinto e faço uma reflexão enriquecedora em volta.

Esses dias senti uma coisa e pensei em discorrer sobre ela aqui no blog, porque me faria bem colocar pra fora os pensamentos que eu estava tendo, porém anotei algumas frases soltas e só abri o rascunho do post agora, uma semana depois, ou seja, talvez esse desabafo não saia tão espontâneo quanto sairia se eu tivesse escrito enquanto estava chateada.

Não vou dar tantos detalhes porque não vai fazer diferença saber de mais ou de menos.

Enfim, sem mais delongas, o que quero dizer é que é muito ruim culpar uma pessoa por coisas que a gente sabe que ela não tem controle, tipo quando a gente marca algo com alguém e a pessoa não comparece por causa de um contratempo. Mas mesmo sabendo que não é justo culpa-la, ainda assim é quase que impossível não se sentir magoada com ela.

O pior é que tento amenizar a situação repetindo “tá tudo bem” muito mais pra me convencer de que não foi nada do que pra tranquilizar a pessoa que insiste em pedir desculpas pelo vacilo.

Talvez não seja cabível atribuir a culpa a alguém em momentos de impotência como esse, mas nosso ego fala mil vezes mais alto quando sentimos que uma pessoa possivelmente não teve consideração conosco. Dá raiva. Dá vontade de ignorar ela por completo ao mesmo tempo que você abre o bloco de notas pra escrever o textão que se forma na sua cabeça. Pode ser errado, mas é verdadeiro.

É legal abraçarmos todos os nossos sentimentos, principalmente os que são vistos negativamente, porém eu diria que na teoria é infinitamente mais fácil do que realmente é. Depois que a frustração passa e você, mentalmente, perdoa aquele que sem intenção te magoou, é complicado abraçar o sentimento que agora você se arrepende e sente culpa por ter sentido.

Exagerei na hora de reagir ao desapontamento? Exagerei na hora de reagir ao desapontamento. Intensifiquei pensamentos que só faziam sentido porque estava com o ego ferido e não porque eram verdade mesmo sabendo que era babaquice da minha parte pensar tais coisas? Sim! Fui um tantinho estúpida, eu sei, mas não é por causa disso que eu preciso desconsiderar o que eu senti porque, gostemos ou não, por mais que seja negativo, também é válido.

Um comentário:

  1. Oie Nana <3

    Cara... talvez eu esteja sendo polêmica, mas não sei se você tem a mesma sensação que eu, algumas vezes eu acho que a intensidade que sentimos fala do quanto o "imprevisto" em questão pode ser evitado. Tipo, sei lá, se eu to indo em um rolê que precisa muito chegar no horário com um amigo que SEMPRE se atrasa, aviso ele mil vezes que não pode atrasar nesse dia, e perdemos o rolê porque a pessoa se atrasou, eu ia ficar muito revoltada e com razão, mesmo que fosse algo tipo "o metrô parou por problema na linha".
    Ok, você saiu mais cedo de casa? Quantas vezes você já se atrasou comigo? Não vale a pena se organziar com antecedência sendo que eu pedi?

    Também sou muito da política de que tudo o que a gente sente é sempre válido, e a forma como reagimos não. Mas ao mesmo tempo somos humanas, e às vezes a gente perde a pose. Eu não sou uma princesa da disney e eu perco a linha de vez em quando, sabe? Acho que estourar é sempre um monte de fatores que se empilham e uma hora, a pilha cai em cima de algo ou alguém - seja nós mesmas ou uma pessoa que pisou na bola.

    Acho super válido seu desabafo, mas acho que é importante não se culpar por não tem só sentimentos positivos. Ser humana é sentir coisas, bonitas ou não, e tudo bem sabe?

    Respondendo seu comentário que demorei eras pra retribuir: cara, fazer mood tracker é um desafio pra mim. Eu engajei mais quando notei que fazer o journal é um hábito saudável pra mim, mas eu faço muito preenchimento retroativo (tipo 1 ou 2 dias depois) e pode voltar no post e notar que o tracker de 2024 tem várias casinhas pretas, que eu simplesmente esqueci e não conseguia nem lembrar mais o que eu tinha sentido. Então sei lá, se é importante pra você, acho que o importante é começar, e não só a constância diária de fazer, sabe?

    Não sei se você já postou a resenha do André Vianco, mas faça questão de me avisar quando o fizer <3 mesmo que seja metendo o pau, hahaha!

    Beijinhos! :*

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